Cavernas são cavidades naturais que se formam principalmente em rochas carbonáticas. Essas rochas, que hoje ocorrem na superfície da Terra, originaram-se em antigos mares há centenas de milhares de anos, pelo acúmulo de partículas de carbonatos de cálcio, juntamente com partículas argilosas ou grãos de areia em menor quantidade. O processo de sedimentação, associado ao rebaixamento do fundo marinho, possibilitou a formação de espessas camadas calcárias, as quais, em função do gradativo soterramento, atingiram profundidades onde sofreram processos de metamorfismo, dobramento e fraturamento. Por meio dos movimentos formadores das montanhas, as rochas carbonáticas profundas podem atingir novamente a superfície terrestre, sofrendo os processos de formação do relevo. A partir deste estágio a escala de tempo se modifica, passando de milhões para milhares de anos.
Os condutos evoluem, gerando galerias (com rios subterrâneos) e poços verticais, os quais, após desmoronamentos, originam amplos salões, caracterizando uma verdadeira paisagem subterrânea ao longo da caverna. Após a fase de abertura dos espaços subterrâneos, inicia-se a precipitação química de minerais, principalmente calcita, a partir das águas de infiltração que atingem as paredes e tetos das cavernas.
Esses depósitos minerais, formados em cavernas, dão origem a uma variada e fascinante gama de formas, denominadas espeleotemas. Os minerais de cavernas associados à rocha carbonáticas são, principalmente: calcita, aragonita e gipsita.
Entrada da Caverna Santana - PETAR |
Caverna do Couto - PETAR |
Duto - Caverna do Couto - PETAR |
Maciço de calcário - Caverna Água Suja - PETAR |
Maciço de calcário - Caverna Água Suja - PETAR |
Caverna Morro Preto - PETAR |
ESTALACTITES
É um dos tipos de espeleotemas mais comuns em cavernas. Formam-se a partir de gotas, procedentes do teto.
Antes da queda da gota, a solução libera calcita que se precipita à sua volta em forma de anel. Sucessivamente, novas gotas depositam outros anéis. Estas sobreposições de anéis produzem um forma de canudo alongada em direção ao piso. Após a obstrução deste canudo, água saturada em CªCO³ escorre na superfície externa gerando as formas cônicas típica das estalactites maiores.
Estalactites da "Asa de anjo" - Caverna Santana - PETAR |
Estalactites - Caverna Água Suja - PETAR |
Estalactites - Caverna Santana - PETAR |
ESTALAGMITES
A água que goteja das estalactites, ou diretamente do teto, precipita calcita sob forma de lâminas ao atingir o piso da caverna. Pela superposição de lâminas cônicas formam-se as estalagmites, que crescem do piso ao teto.
Estalagmite "Estalacteta" - Caverna Santana - PETAR |
COLUNAS
Ocorrem por meio da junção entre estalactites e estalagmites.
Podem formar-se também quando estalactites ou estalagmites atingem o piso ou o teto, respectivamente.
Colunas "Torres do Castelo" - Caverna Santana - PETAR |
CORTINAS
São formadas quando há superposição de "rastros" ou "linhas" de mineral precipitado. Ocorrem a partir de gotas que escorrem ao longo de tetos inclinados.
Cortinas de Bacon - Caverna Santana - PETAR |
Cortinas - Caverna Santana - PETAR |
FLORES DE ARAGONITA OU CALCITA
O crescimento a partir de um centro de cristais aciculares de aragonita, e raramente calcita, dá origem a arranjos que lembram flores.
Flor de Aragonita - Caverna Morro Preto - PETAR |
REPRESAS DE TRAVERTINO
São represamentos naturais de água. Inicialmente se formam pela precipitação de CªCO³ ao longo de irregularidades de superfícies inclinadas e com fluxo de solução.
Ampliam-se pelo crescimento vertical das paredes destas estruturas, podendo atingir dimensões milimétricas e métricas.
Represa de travertino - Caverna Santana - PETAR |
Represa de travertino - Caverna Santana - PETAR |
HELECTITES
Formados a partir da precipitação de CªCO³ em paredes, tetos ou sobre espeleotemas previamente formados. Sua direção é controlada pela força de cristalização do mineral, o que explica a grande variedade de formas e direções.
PETAR - Caverna Morro Preto |
Helectite - Caverna Morro Preto - PETAR |
Helectite "Bailarina" - Caverna Santana - PETAR |
PÉROLAS DE CAVERNA
Formam-se no interior de represas de travertinos, ou em pequenas depressões nos pisos de cavernas, pelo crescimento concêntrico de minerais ao redor de um núcleo. Este núcleo frequentemente é constituído por pequenos fragmentos de rocha ou mineral.
Pérolas - Caverna Temimina - PETAR |
Pérolas - Caverna Temimina - PETAR |
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