O relevo, o clima e a circulação do ar influenciam o tipo de ornamentação. Os espeleotemas podem se formar a partir dos depósitos de águas circulantes, dos depósitos de águas estagnadas ou dos depósitos de água de exsudação.
DEPÓSITOS DE ÁGUAS CIRCULANTES
Os depósitos de águas circulantes são formados pela água que atravessa a rocha e, que devido à ação da gravidade, goteja do teto ou escorre pelas paredes das cavernas.
Nesse processo, há a precipitação do carbonato de cálcio, que dá origem a diversas estruturas que aparecem no teto, paredes e solo das cavernas.
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
As estalactites ocorrem no teto e possuem formas variadas. Uma delas é a de canudos de refresco. Essas formações cilíndricas e ocas têm menos de 1 cm de diâmetro e podem atingir mais de 3 m de comprimento.
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PETAR - Caverna Morro Preto |
Quando os canudos de refresco são obstruídos por cristais ou por impurezas, aumentam de diâmetro, a sua base se alarga e eles tornam-se cônicos. Podem ocorrer em grande número e se fundir, criando formas ainda mais curiosas.
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
As gotas que atingem o chão da caverna continuam depositando aí o carbonato de cálcio. Essa deposição cresce em direção ao ponto de gotejamento, formando as estalagmites. Elas podem ter formas cilíndricas ou cônicas, com vários metros de altura. As que possuem formas não-lineares são também frequentes, como as pilhas de prato, os budas e os bolos de noiva, com seus vários andares e degraus.
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana
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PETAR - Caverna Santana
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PETAR - Caverna Santana |
As estalagmites e as estalactites frequentemente se encontram e se fundem, formando as colunas.
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PETAR - Caverna Santana
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PETAR - Caverna Casa de Pedra |
Às vezes, a água que entra pelo teto da caverna, ao invés de pingar, escorre pelas paredes inclinadas, formando chapas translúcidas, chamadas de cortinas.
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
As represas de travertino são também formações curiosas. Ocorrem mais no solo das cavernas por causa da água que escorre pelo chão mas podem se formar sobre outros espeleotemas. Essa água é represada, formando patamares com diques de diferentes tamanhos. Os diques vão crescendo, devido à deposição do mineral calcita em suas bordas. Essas bordas podem ser onduladas e delgadas ou circulares e espessas.
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Temimina |
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PETAR - Caverna Temimina |
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PETAR - Caverna Temimina |
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PETAR - Caverna Temimina |
As pérolas são outra formação encontrada no solo das cavernas. São espeleotemas esféricos, que ocorrem em pequenas depressões do terreno, chamadas de ninhos. As pérolas apresentam camadas concêntricas, resultantes da deposição de carbonato de cálcio sobre o núcleo. Possuem vários tamanhos e podem atingir mais de 20 cm de diâmetro. Algumas são perfeitamente esféricas.
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PETAR - Caverna Temimina |
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PETAR |
DEPÓSITOS DE ÁGUAS ESTAGNADAS
No solo da caverna, onde a água fica represada, o ambiente é especial para a formação de espeleotemas.
A deposição de cristais nas paredes e no fundo de represamentos é iniciada pelas águas saturadas de carbonato de cálcio.
Os cristais alongados, que crescem nessas poças, são chamados de dentes de cão. Recobrem toda a superfície interna e podem atingir mais de 10 cm de comprimento.
A perda de gás carbônico da água para o ar faz com que, na superfície dos represamentos, surjam estruturas flutuantes, denominadas jangadas. Quando em grande número, as jangadas se fundem, cobrindo toda a poça, parecendo uma nata de leite.
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PETAR - Caverna Santana |
Os cones ou vulcões são formações raras. Surgem do gotejamento sobre as poças, onde se formam microcristais. Os microcristais se depositam de forma circular e em camadas.
Com o passar do tempo, esses cristais se juntam e o tamanho da estrutura aumenta.
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PETAR - Caverna Casa de Pedra |
DEPÓSITOS DE ÁGUAS DE EXSUDAÇÃO
Nesses depósitos, a água transpassa a porosidade da rocha ou dos espeleotemas e surge na superfície como se eles estivessem suando. O carbonato de cálcio, dissolvido nesse exsudato, precipita-se formando cristais. Esses cristais podem apresentar estruturas diferentes, devido ao lento fluxo da água e da atmosfera da caverna. Nesse tipo de depósito, aparecem formas intrigantes e delicadas, que impressionam.
As helictites são estruturas pequenas e retorcidas . Já as agulhas são extremamente finas e longas. Quando aparecem em grupos, formam as flores.
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal "flor de aragonita" |
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PETAR - Caverna Cafezal "flor de aragonita" |
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal "flor de aragonita" |
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PETAR - Caverna Cafezal |
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PETAR - Caverna Cafezal "helictites e agulhas" |
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PETAR - Caverna Cafezal |
A cor dos espeleotemas presentes nas cavernas varia conforme a pureza da rocha. Os minerais que as compõem, como a aragonita e a calcita, são de cor branca. As colorações e as tonalidades diferentes são criadas pelas impurezas. O cobre dá a cor verde, o óxido de ferro, a cor amarelo-marrom e o óxido de manganês, a cor negro-brilhante.
A formação dos cristais
Os minerais são elementos ou compostos químicos encontrados na crosta terrestre. São geralmente sólidos à temperatura ambiente e ocorrem como cristais. Nesse estado, os átomos se organizam de forma regular. Eles se mantêm equidistantes um do outro e formam figuras espaciais, que se repetem. Essas figuras recebem o nome de cristais. Existem várias estruturas cristalinas: cúbicas, trigonais, tetragonais, ortorrômbicas, monoclínicas ou romboédricas e triclínicas.
Um mesmo composto químico pode apresentar estrutura cristalina diferente. Isso modifica suas propriedades físicas, como a cor, o brilho e a dureza. É o que acontece com o carbonato de cálcio, que ocorre de várias formas na natureza. Por exemplo, a calcita é o carbonato de cálcio que se apresenta sob a forma romboédrica e a aragonita é o mesmo carbonato de cálcio sob a forma ortorrômbica.
Os espeleotemas (formações de caverna) podem ser constituídos de outros compostos, além do carbonato de cálcio. A gipsita, constituída de sulfato de cálcio, tem estrutura cristalina monoclínica; a goetita, constituída de óxido de ferro hidratado, e a malaquita, constituída de carbonato de cobre hidratado, tem estrutura monoclínica ou romboédrica; a calcedônia, formada por sílica, tem estrutura amorfa ou microcristalina.
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Fonte: Série investigando o meio ambiente - Cavernas "Mario D. Domingos e André C. A. dos Santos" editora ática.