O ambiente subterrâneo caracteriza-se pela completa ausência de luz, com exceção dos espaços próximos às entradas das cavernas (região de penumbra). Além da falta de luz, o que impede a fotossíntese das plantas, as cavernas possuem em geral temperaturas mais constantes e alta umidade relativa. As principais fontes de energia para os organismos cavernícolas (aqueles que vivem dentro das cavernas) são os detritos de plantas e matéria orgânica que penetram nas cavernas por vários meios: rios ou água que goteja pelas fendas, fezes de outros animais (especialmente o guano dos morcegos), corpos de animais cavernícolas em decomposição, raízes que penetram em grutas superficiais, e matéria orgânica que pode ser carregada com o vento, como pólen e bactérias.
Os organismos encontrados nas cavernas são agrupados em três categorias, de acordo com as relações mantidas com o ambiente subterrâneo:
Troglófilos são espécies que podem completar o ciclos de vida na terra ou na caverna, mantendo-se nestes dois ambientes. É o caso da maioria dos invertebrados das cavernas brasileiras, como opiliões, grilos, diplópodes e aeglas (pequenos crustáceos).
Troglóbios são espécies cavernícolas que ficam a vida toda nestes ambientes. É o caso do crustáceo Aegla albino e do bagre-cego (Pimelodella kronei) existentes nas cavernas do sistema Areias e Bombas, ao sul do PETAR.
Estes seres possuem modificações típicas de um ambiente sem luz, como a regressão dos olhos, a coloração - caracterizada pela ausência de pigmentos -, e sistemas sensoriais não visuais mais desenvolvidos.
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PETAR - Bagre-cego |
Os bagres-cegos, peixes cavernícolas, são encontrados em diferentes regiões do Brasil.
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PETAR - Crustáceo |
Trogloxenos passam uma parte da vida em cavernas, mas precisam retornar periodicamente à superfície para completar seu ciclo de vida. É o caso dos morcegos, que se alimentam fora da caverna e depositam as fezes no interior delas. Outros exemplos são os animais que hibernam na caverna, como as mariposas, ou os que se protegem nas cavernas em alguma fase de seu ciclo de vida - larvas de insetos e mamíferos que fazem ninhos como os guaxicas (marsupial semelhante ao gambá), por exemplo.
É importante conservar a diversidade cavernícola, pois há muitas espécies que só existem nestes ambientes e muitas vezes são exclusivas das cavernas de uma região (espécies endêmicas).
Os animais que dependem exclusivamente da caverna para passar ou completar o seu ciclo de vida são vulneráveis a alguma pertubação que venha a ameaçar ou modificar seu habitat, como é o caso da mineração, da construção de barragens, do desmatamento, da poluição, do fechamento ou abertura de entradas e passagens, da coleta predatória e da visitação não regulamentada.
Uma das espécies encontradas no Alto Ribeira que está ameaçada é a dos opiliões (Goniosoma spelaeum) - invertebrados de oito patas, semelhantes às aranhas.
Visita no Núcleo Santana dia 20 de Junho de 2014.
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
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PETAR - Caverna Santana |
Biodiversidade, muitas diversidades
O Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo. Isto quer dizer que é o país que possui o maior número de espécies no planeta - são cerca de 20% do total de todo o mundo.
Mas biodiversidade não é só isso. Biodiversidade é um dos termos científicos mais divulgados hoje em dia e significa "diversidade" em vários sentidos:
DIVERSIDADE DENTRO DA ESPÉCIE - diversidade genética.
DIVERSIDADE ENTRE ESPÉCIES - riqueza, distribuição das populações (conjunto de indivíduos de uma espécie que podem reproduzir) e distribuição de espécies no ambiente.
DIVERSIDADE ENTRE COMUNIDADES - ecossistemas e paisagens.
DIVERSIDADE FUNCIONAL - interações entre os componentes dos níveis de diversidade acima mencionados.
DIVERSIDADE CULTURAL - Fora do contexto científico, o termo "diversidade" pode ser usado para descrever as relações das diferentes populações tradicionais, com o ambiente e que influenciaram, na história, a própria diversidade das florestas a partir dos diferentes modos de vida e interações com o ambiente.
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PETAR - Entrada da Caverna Morro Preto |
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PETAR - Entrada da Caverna Morro Preto |
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PETAR - Caverna Morro Preto |
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PETAR - Caverna Morro Preto |
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PETAR - Caverna Morro Preto |
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PETAR - Caverna Morro Preto |
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PETAR - Caverna Morro Preto |
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PETAR - Caverna Morro Preto |
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PETAR - Caverna Morro Preto |
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PETAR - Quiosque dos monitores |
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(15) 3552-2629 ou (15) 99753-5356
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